A albumina sérica bovina (BSA ou "Fração V") é um tipo de albumina sérica derivada de vacas.
O apelido "Fração V" refere-se ao fato de a albumina ser a quinta fração da metodologia de purificação original de Edwin Cohn, que utiliza as características diferenciais de solubilidade das proteínas plasmáticas. Cohn foi capaz de extrair "frações" sucessivas do plasma sanguíneo controlando as concentrações de solventes, pH, níveis de sal e temperatura. O processo foi comercializado inicialmente com albumina humana para fins médicos e posteriormente utilizado para produzir BSA. O polipeptídeo precursor da BSA tem um comprimento total de 607 aminoácidos e um peptídeo sinal de 18 resíduos no terminal N. Outros 6 aminoácidos são clivados para produzir proteína BSA madura contendo 583 aminoácidos.
Aplicação de Albumina de Soro Bovino (BSA)
Tal como acontece com outras albuminas séricas, a BSA desempenha um papel crucial no fornecimento de pressão oncótica dentro dos capilares, transportando ácidos graxos, bilirrubina, minerais e hormônios, e funcionando como anticoagulante e antioxidante.
A BSA é frequentemente usada como padrão de concentração de proteína em experimentos de laboratório, bem como o principal constituinte do soro fetal bovino, um meio de cultura celular comum.
A BSA é frequentemente utilizada como modelo para outras proteínas de albumina sérica, especialmente a albumina sérica humana, que tem uma homologia estrutural de 76%.
A BSA tem um grande número de aplicações bioquímicas, incluindo ELISAs (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), imunotransferências e imuno-histoquímica.
A albumina recombinante fabricada por tecnologia de DNA recombinante em um hospedeiro de expressão (por exemplo, bacteriano, levedura) é uma albumina livre de animais que pode servir como uma alternativa à BSA nativa.
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